Do jogo de ontem resultam lances polémicos com alguma incidência no que se passou no primeiro golo do Belenenses em alegado fora-de-jogo. Não considero que seja o caso e passo a explicar. Primeiro as Leis do Jogo.
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LEIS DO JOGO, 2005
Autorizadas pelo International Football Association Board (tradução Prof. Jorge Pombo)
LEI 11 --- FORA-DE-JOGO
Posição de fora-de-jogo
Estar em posição de fora-de-jogo não constitui por si só uma infracção. Um jogador encontra-se em posição de fora-de-jogo se estiver mais perto da linha de baliza adversária do que a bola e o penúltimo adversário. Um jogador não se encontra em posição fora-de-jogo se:
– estiver no seu próprio meio campo ou
– estiver em linha com o penúltimo adversário ou
– estiver em linha com os dois últimos adversários
Infracção
A posição de fora-de-jogo só deve ser sancionada se, no momento em que a bola é tacada por um colega ou é jogada por um deles, o jogador toma, na opinião do árbitro, parte activa do jogo:
– intervindo no jogo ou
– influenciando um adversário ou
– tirando vantagem dessa posição
Não há infracção
Não há infracção de fora-de-jogo quando um jogador recebe a bola directamente de:
– um pontapé de baliza ou
– um lançamento lateral ou
– um pontapé de canto
Infracções / Sanções
Por qualquer infracção à Lei do fora-de-jogo o árbitro concederá à equipa adversária um pontapé-livre indirecto que deve ser executado no local em que a falta foi cometida.
Decisões do International F. A. Board
Decisão 1
Na definição de fora-de-jogo, “mais perto da linha de baliza adversária” significa que qualquer parte da sua cabeça, corpo ou pés está mais perto da linha de baliza adversária do que a bola e o penúltimo adversário. Os braços não estão incluídos nesta definição.
Decisão 2
As definições dos elementos de envolvimento no jogo activo são as seguintes:
– Intervir no jogo significa jogar ou tocar a bola passada ou tocada por um colega de equipa
– Influenciar um adversário significa impedir um adversário de jogar ou de poder jogar a bola, obstruindo claramente a linha de visão ou os movimentos que, na opinião do árbitro, iluda ou distraia o adversário.
– Tirar vantagem dessa posição significa jogar uma bola que ressalta na sua direcção após ter batido num poste ou na barra, estando em posição de fora-de-jogo ou jogar a bola que ressalta na sua direcção vinda de um adversário, estando em posição de fora-de-jogo.
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Esta é a lei e as decisões do I.F.A. Board
Neste caso particular, o que aconteceu, sim, foi que o ressalto no jogador do Leixões (aparentemente encaixa na decisão 2) é causado por um corte deficiente de um jogador do Leixões (o que faz com que a decisão 2 não se aplique).
A última intervenção de um jogador do Belenenses é o passe do Silas (que é interceptado) e nem sequer é feito na direcção do Weldon mas do jogador que está na esquerda do ataque. Entre esse momento e o toque para golo há intervenção activa de dois jogadores do Leixões:
- uma intencional de cortar (o último passe intencional), concretizada;
- uma outra não intencional que coloca a bola na área de acção de Weldon.
Relembro apenas que o estar em posição de fora-de-jogo (quer dizer apenas que há menos de dois adversários entre a bola e a baliza) não é infracção por si só.
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Golo de Weldon (1º) para mim é válido. Porquê?
Publicado por Nuno Gomes @ 8.4.08 Etiquetas: Nuno Gomes