Lá fomos, por vício e masoquismo, com mais outros 337, à última Assembleia-Geral.
Houve uma ou outra boa intervenção. O resto foi a habitual vulgaridade. O exibicionismo. O bater onde seja mais fácil e demagógico. A mesquinhez. A crítica dos projectos megalómanos (tem graça, nunca dei por eles). A apologia do "muito pequenininho". A renúncia ao sonho, sequer ao sonho, de ter uma grande equipa de futebol. A pseudo-racionalidade estéril.
No entanto, destaco uma voz que se diferenciou claramente das outras e disse coisas novas, pelo menos numa AG: António Fraqueiro. Entre outras coisas importantes, falou da importância dos adeptos. E disse uma frase lapidar, a quem, significativamente, acho que ninguém ou quase ninguém ligou - por aproximadas palavras, esta:
Mas no Belenenses ainda está na moda é a empresa. Empresa, empresa, empresa. E sempre que se vem com isso, dá asneira, asneira, asneira. O Futebol é emoções, pessoas, grupos. E o discurso da empresa, no Belenenses, significa congelar ainda mais o que já está tão frio: a paixão.
É um nome a ter em conta: António Fraqueiro.
P.S.- Destaque também para a frase final do Lú.