O Clube com Maior Número de Sócios em Portugal

Ser-se do Belenenses (só), nunca foi fácil! Mas era motivo de Orgulho e Grandeza Espiritual…entre outras coisas. Nos dias que correm, em que a mentira campeia e recebe aplausos, a traição passou a ser virtude e a vaidade substituiu a honradez, ser-se só Belenense, é como “encontrar” trevos de 4 pontas (coisa cada vez mais rara) e pelo caminho que seguimos de há um tempo (significativo) a esta parte, estaremos muito próximo do fim da linha.


Temendo que esse hediondo “tempo” chegue mais depressa do que suspeitamos, porque a roda da vida (hoje), é inexorável, corre cada vez mais célere, de tal modo que quem “PROMETE” e não cumpre, é refém das suas “proezas” no nano segundo imediato, coisa que os avós jamais sofreram, decidi começar hoje uma série de artigos, que apenas têm interesse para a malta mais jovem e para as gerações futuras, porque quem é Belenense Genuíno, conhece a nossa história de trás para a frente, e vice versa.

Sei que corro o risco de ser mal interpretado, mas também conheço a história do : …burro, do velho e do rapaz…, portanto, nada a fazer, deixar que a moleza se instale nos nossos espíritos, e que nos conduzam “obedientemente” para o redil, que tanto trabalho lhes tem dado, não é a minha forma de viver O Belém, nem que tenha de morrer no segundo imediato à publicação deste post.

Respeito a democracia (aliás, fui militar de Abril), tenho a minha vida profissional, familiar e clubista, perfeitamente arrumada, nunca fui de chover no molhado, nem de olhar para traz com nostalgia ou azedume, para mim, conta o presente e o futuro. E para o meu Clube do Coração (quero sempre o melhor), pelo menos tão digno, como o seu glorioso passado, feito de Homens e Mulheres, Honrado/as.


Hoje falaremos dum tempo em que fomos o maior clube de Portugal em número de sócios (cerca de 11.000), dum tempo (1956), em que inauguramos um campo, uma sede e constituímos o Primeiro Conselho Geral, estávamos então com 37 anos!!!!

E não são os Belenenses a dizer tal coisa, era o insuspeito jornal “A Bola”, na altura em que havia jornalismo independente e não “recadeiros-ressabiados”, num tempo em que a verdade era útil e pedagógica, graças a Vicente Melo, a António Ribeiro dos Reis e a Cândido de Oliveira, bem coadjuvados por jovens como Silva Resende, Victor Santos, Carlos Pinhão e Homero Serpa (entre outros). Porque desprezavam a ignomínia e a falsidade...

Num tempo em que por direito próprio, éramos notícia pelas melhores razões e por mérito intrínseco!

Nota: Entrevista ao Major Pascoal Rodrigues por Silva Resende, edição de 11 de Fevereiro de 1956;