Coloridos e Descendentes Com ADN Bem Datado Desde 1766


Sempre que damos a mão a um colorido, logo ele abusa e toma o pé, razão tiveram os Rapazes da Praia em não mais pactuarem com bandidos e ladrões. Tem sido quase sempre a nossa odisseia dos últimos 20 anos, desde que franqueamos pela primeira vez, a porta à corja tão bem definida por Charles Dumouriez.

Pé, ante pé, toda uma gama de trapaceiros e alquimistas, de forma descarada e com a complacência de almas muito puras e virgens (que mantêm um silêncio comovente), tentam impor-nos a canga da estarolagem e vergar-nos aos seus desígnios conhecidos, tornar-nos subalternos institucionais. Aos poucos que ainda resistem, saltam-lhe os assalariados cobardes e anónimos, que nunca fizeram ou deram nada ao clube de forma desinteressada, antes pelo contrário, destruir o pouco que resta.

Podem continuar a tentar calar os pacóvios de sacristia, a mim não calam nem com o estafado superior interesse do Clube de Futebol Os Belenenses. Pilatos também levou as mãos, não tomou partido, nem decidiu, certamente também já era Só Um Puro Belenenses (de Sempre).

Estão mais que tipificadas as cantatas desta caravana de desavergonhados, sendo estas algumas das estratégias seguidas. Se conseguir alertar um único sócio que seja, dou por bem empregue o meu latim.

1-A Estratégica da Distracção.
O elemento primordial do controle das massas é a estratégia da distracção que consiste em desviar a atenção dos problemas importantes e das mudanças decididas, mediante a técnica do depois de mim, vem o dilúvio e de informações diárias e insignificantes.
Esta estratégia é igualmente indispensável para impedir os sócios de interessarem-se pelos problemas reais do clube, “manter os adeptos distraídos, longe dos problemas nucleares, mas mantê-los ocupados com assuntos menores”.

2- Criar Problemas, Depois Oferecer Soluções.
Este método também é chamado “problema – reacção - solução”. Cria-se ou empola-se um problema previsto, a fim de que o que se planeou de forma deliberada e prepotente ou por ignorância, seja visto como um mal necessário.

3-A Estratégia da Degradação.
Para fazer-se com que se aceitem medidas inaceitáveis, basta aplicarem progressivamente e durante muito tempo, técnicas graduais que retirem direitos, deveres e desmobilizem, as quais se fossem aplicadas todas de uma só vez, conduziriam a tumultos e reacções enérgicas dos associados.

4-A Estratégica do Deferido.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo-se a aceitação pública no momento para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, por que o esforço não é empregue imediatamente. Em seguida, por que as massas, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido tem de ser aceite com resignação.

5-Dirigirem-se aos Sócios Como Crianças de Pouca Idade.
Na maioria das comunicações utilizam-se discursos vazios de conteúdo, com entoações particularmente infantis, próximos da debilidade, como se os Adeptos fossem meninos de tenra idade ou deficientes mentais. Quanto mais se intenta enganar, mais se adopta um tom infantilizante, o que fará as respostas ou reacções advirem na mesma lógica debilóide.

6-Utilizar o Aspecto Emocional Muito Mais do Que a Reflexão.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar curtos circuitos na análise racional, e por fim no sentido critico dos indivíduos livres e pensantes. Além do mais, a utilização do registo emocional permite abrir a porta do acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos.

7-Manter os Sócios na Ignorância e na Mediocridade.
Fazer com que a massa adepta seja incapaz de compreender as técnicas e os métodos utilizados para seu controle e subjugação, levando-as a temer sempre o desconhecido, a modernidade e o progresso, com medo de perderem o protagonismo de classe ou o domínio da situação.

8-Promover os Adeptos a Serem Complacentes na Mediocridade.
Promover a ideia que no passado é que fomos grandes, que agora estamos encravados em entre colossos, daí o termos de nos confrontar com as sobras e migalhas da pequenez mental de cada colorido eleito.

9-Reforçar a Revolta pela Culpabilidade Colectiva.
Fazerem os Adeptos acreditar que é somente por eles e só por eles, que estão mergulhados na actual desgraça, devido a insuficiência das suas capacidades e respectivos não esforços. Assim, ao invés de rebelarem-se contra a vigarice institucionalizada, os Adeptos auto – desvalorizam-se e culpam-se mutuamente, gerando-se o estado depressivo ideal para inibir qualquer acção legítima de defesa da instituição que amam.

10-Conhecer Melhor as Massas do Que Elas Próprias se Conhecem.
Sabedores dos métodos e resultados da psicologia aplicada, desenvolvidos nos últimos anos, catapultam as fracturas e brechas existentes entre os Adeptos Comuns, conseguindo exercer um maior controle e poder sobre uma parte significativa destas massas, dos que elas sobre si mesmos.

PS 1. A partir deste artigo não há mais direito a contraditório cobarde e anónimo, quem quizer jogos florais, escreve para a mail do blog e indica a forma de me dizer na cara as suas verdades, acabei de chegar de férias, estou fresco e pronto para o suplício;

PS 2. Companheiro MRosa (espero que não se ofenda de o tratar deste modo), desculpe tê-lo contrariado ao barrar as piadolas, só depois de postar é que li atentamente o seu artigo. Bem vindo ao Clube, a partir do momento que deu a sua opinião sincera, passou a ser mais um perigoso proscrito! Abração e até um dia destes;