Fosse a sad do Belenenses uma Entidade cotada na bolsa e opinassem as agências de ratting sobre a sua capacidade de cumprir as respectivas obrigações e seria o bom e o bonito.
Como sabem, quer a Moodys, quer a S & P, quer a Fitch, falamos das principais Entidades que aterrorizam os Estados Soberanos (mais frágeis), quanto aos rácios de solvibilidade e capacidade financeira de gerarem cash flow para honrarem os seus compromissos, que atribuem de tempos a tempos, afim de satisfazerem os Clientes que os sustentam e ganham triliões com empréstimos e especulações (Bancos Centrais, Fundos de Investimento e Especuladores Natos {mas com muitas fundações ligadas à benificência}).
Estes “abutres” têm códigos quanto às suas escalas de ratting, as quais são mais ou menos idênticas, embora com algumas pequenas nuances.
Assim, o Clube restrito dos devedores que merecem crédito a toda a hora sem qualquer problema, são rotulados de Aaa ou AAA (Menor expectativa de incumprimento atribuída a devedores com capacidade excepcional de honrarem os compromissos financeiros).
Há diversas escalas intermédias, sendo que os patamares mais baixos, no nosso caso é os que infelizmente interessam, são o Ca / CC ou RD (Devedor com expectativa e possibilidade de incumprimento parcial) ou C / C / D (Devedor com expectativa de incumprimento total).
Claro que a sad, sempre poderia recorrer a expedientes, espécie de fuga para a frente, a ver o que dá, por exemplo, um CDS, ou CDS “nús”.
Não se exaltem! Passamos a explicar: CDS (Credit Default Swaps), são derivados financeiros que funcionam nos mercados de capitais como seguros contra a possibilidade de um devedor entrar em incumprimento.
Os Swaps (são acordos entre dois Investidores para trocarem periodicamente os fluxos de caixa de um activo pelos fluxos de caixa de outro).
Quanto aos CDS “nús” (trata-se de uma venda curta ou a descoberto), que o mercado recorre algumas vezes, em que o Investidor pede emprestado um título ou activo, que não é seu, e depois vende-o, na expectativa que esse título desça, para posteriormente voltar a comprá-lo mais baixo, devolvendo-o com vantagens, e assim, liquidar o empréstimo de forma mais favorável.
Infelizmente, no nosso caso, o mercado funciona ao contrário, e mesmo valorizando os activos (emprestados ou não), esta sad herdou tanto JUNK (lixo), que teremos de pagar a peso de ouro (que não existe), que mesmo que efectuássemos uma grande ETB (Emissão de Dívida Belenense a 10 ou 20 anos), não haveria subscrição significativa.
Resta-nos pois serem imaginativos e trabalhadores, buscando novas fontes de receita, fora dos tradicionais mercados…
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Publicado por JAN @ 18.8.10 Etiquetas: 'O Belenenses e o Futuro', JAN, Registos Para Memória Futura, Sad