6ª- Estação do Calvário (O Dilema da Repaga...)


...quem quer rainhas, paga-as...
(D.Maria Pia, raínha mãe, respondendo a ministro
que a intimava a gastar menos, face à
pobreza do "reino"...)

Neste rectângulo à beira mar plantado, as crises são cíclicas e mais "famosas" que o Constantino, já vêm de muito longe,...desde que o menino Henrique “bateu” na mãe...

Num país habituado à trafulhice e à trapaça, tudo é tolerado, tudo é branqueado, tudo é esquecido, tal como os resultado dos inquéritos aos grandes acontecimentos, que raramente chegam à luz do dia...

Os Távoras foram acusados pelos três tiros que atingiram D. José I naquela “negra” noite de Setembro de 1758, ali para os lados da Calçada do Galvão, no exacto local onde hoje está a Igreja da Memória, construída para assinalar o “milagre” de ter escapado com vida o rei (“não”) amante de D. Teresa de Távora e Lorena, mulher de Luís Bernardo Távora...

O albino forjaz de sampaio (gfp), mais conhecido por Sebastião José de Carvalho e Melo, mais tarde marquês de pombal, encarregou-se ele próprio de conduzir inquérito com familiar e amigos, após os torturar e esmigalhar os ossos, afim de obter confissão, “convincente”, condenou-os “ ...por crime de lesa-majestade, alta traição, rebelião e parrícidio” (porque o rei é o pai de todos...)...

O “grande evento” foi consumado a 13 de Janeiro de 1759 no “PATÍBULO DE BELÉM”, mesmo ao lado onde hoje se fabricam os famosos pasteis, cujo Pelourinho perpetua “mais um grande feito da famosa justiça estatal ...”....

Os infelizes varões, Távoras, Duques de Aveiro e Duques D´Atouguia e Jesuítas, nobres da alta aristocracia (tão temidos pelo albino forjaz de samapio, na sua louca corrida para o deter o poder despótico e absolutista), lá foram sujeitos ao ritual abençoado pela “evangélica igreja católica”, da quebra de braços e pernas, estrangulados ou decapitados, consoante o grau de culpa e posteriormente queimados, seguindo viajem singela pelas águas do Tejo, não se sabendo se foram de costas ou de bruços...

Constam nos autos que o “acessor” António Ferreira, por ser de origem humilde (na altura beberia uns quartilhos de cevada de mijo, não as agora famosas jolas), por ter disparado os tiros, foi queimado vivo...

Safou-se D. José Policarpo de Azevedo de tais sevícias, porque teve o condão de fugir, mas, “foi queimado em estátua...”...

Para lavar-se a consciência do marquês e purificar-se o local, espalhou-se abundante sal, para que nada voltasse a medrar ...

Os que escaparam ao patíbulo, seguiram e gozaram até 1777 hospedagem no forte da junqueira e conventos da capital, incluindo a “não amante do rei”...

Parece que mais tarde D.Maria I terá concluído pela inocência dos Távoras, que não dos Duques de Aveiro...

Ora, num espaço tão pequeno como “o do condado de Belém“, estas tropelias históricas, tinham de fazer escola e deixar rastilho...

PS 1 Parece que afinal o João que trocou as mãos no telélé e contratou o caceteiro, em detrimento do competente Jorge Costa, não tem apelido Barbosa....;

PS 2 Mas confirma-se que o João que levou uma mala com pechibeques electrónicos para Luanda, não para “vender pessoalmente e arejar as suas economias domésticas” mas regalar os adeptos, era esse mesmo...;

PS 3 Também se “confirma” que o famoso acordo só não foi assinado na “imponente sede” do afamado clube luandense, porque não existia mesa com dignidade para o auto, tamanho XXXL, para exporem de forma condigna, a alta competência administrativa, financeira e desportiva do nóvel "presidente" do Clube de Futebol Os Pernaltas, Investidores & Carquejas, SRL...;

PS 4 Àh! Também jogamos com a grande potência, Arouca, adversário condigno para comemorar-se um 91ª. Aniversário! Força e serenidade Rui Gregório! Olha que o resultado da semana é 3 -1! No mínimo...;