Quando chegamos ao outono da vida, é suposto sermos um pouco mais sábios, porque mais atentos, porque somamos mais experiências de vivência colectiva, porque mais caldeados e temperados, tal como o aço (cuja têmpera requer água pura, mestria e saber), daí o dever de seriedade em honrar legados herdados do berço (pais humildes, mas sérios e honrados).
Mas os tempos são de contaminação, de adultério, de comparsas, de negócios a pataco, de arquitecturas a martelo, daí as constantes encruzilhadas em que se metem, nada aprendendo com o acumular de erros patéticos, porque evitáveis, de tão repetidos.
Vivemos tempos de politick (poli = muitos) + (tick = sanguessuga), e porque na política não há mentira, dado que raramente é feito o devido e sério contraditório, florescem os "arquitectos da bizarria moderna", mas credenciados pela ordem dos "natas-de-vinte" (dois dos maiores responsáveis pela bagunça ainda não bateram a bota) e continuam activos e orgulhosos, não das pontes que arquitectaram, mas das suas famosas escadas arquéticas.
Prepare-se pois a estação seguinte, o inverno mais rigoroso que se possa imaginar...
E se a acearia do Restelo deixou de produzir BOM AÇO AZUL, foi porque contaminaram irremediavelmente a nascente que deu de beber a tanto atleta, sem água pura, não há aço inquebrável, apenas pechibeque azulado que fatalmente irá perdendo o brilho com as providenciais águas das chuvas.
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Hoje Começa Oficialmente o Outono (folhas caídas, escadas sem sentido, etc, etc...)
Publicado por JAN @ 23.9.10 Etiquetas: JAN, Registos Para Memória Futura