Contra Ponto e Primeira Telha


Nos últimos tempos tenho sido contactado por vários adeptos e alguns amigos, que me questionam do porque do aparente abandono quanto a postar e comentar a actual realidade do Clube. Nada de pré concebido ou táctica, nem de súbita afeição por assuntos políticos. Apenas e tão só, necessidade de higiene mental, semi-cerrando momentaneamente o baú das emoções mais extremadas, a de adepto ferrenho e só, do cada vez menos Clube de Futebol Os Belenenses que aprendi a amar.

Desta forma consigo manter algum distanciamento dos acontecimentos, ser mais racional a analisar as várias problemátcas.

Quanto à política, parece que já fui suficientemente claro relativamente a não suportar humanos sem cerviz erecta e contumazes quanto a desonestidade intelectual, em suma, detesto boys que perdem o sentido expontaneo da autocrítica, quando preferem conscientemente olhar para os respectivos umbigos e seguir os caciques que lhes garantem os jobs mesmo que não tenham experiência e qualificações, desde que pagos com o suor colectivo doutros.

Ora como nunca deixei que algum ladrão me metesse a mão nos bolsos, por mais artista que se apresentasse, não é agora que lhes vou perdoar ter de pagar tudo e mais alguma coisa, vendo constantemente agravadas as minhas contribuições para que a “Bela Pátria Deles” subsista e se perpetue.

Mas confesso que gosto de circo, de preferência estrangeiro, onde pago e saio satisfeito com as actuações de todos os artistas, até com o sacrificado e sempre humilhado palhaço pobre.

Houve tempos que se insinuava junto dos povos que os estados tal como alguns clubes nunca iam à falência, havia sempre quem lhes perdoasse e deitasse a mão. Como todos amargamente já percebemos, eram descaradas mentiras! Há de facto “países e clubes” que passam pelas crises sem sobressaltos de maior, mormente aqueles “países-de-ricos” (encerrados em condomínios fechados ou em paraísos fiscais) e os clubes (venerados e descaradamente sustentados com os nosso impostos pelos políticos no poder), mas os menos protegidos estão entregues à sua sorte.

No tocante ao nosso Clube de Futebol Os Belenenses. Que dizer! Adeptos desencontrados e confusos, protestando e pedindo a vinda de um qualquer D. Sebastião que os possa motivar e dar alguma esperança. Desde que apareça rápido e com lábia q.b.…

Este pedido desesperado é perigoso. É indicativo do estado de prostração e frustração a que chegaram abundante parte dos adeptos. E curiosamente, até pode ser satisfeito rapidamente e a qualquer momento, desde que as lamurias se tornem mais insistentes e continuem, porque descarados e desejosos de momentos de “fama e glória”, continuam a existir por aí aos pontapés, para parecerem mais credíveis neste martirizado clube, nem é preciso ter sentir azul (basta um simples empurrão de parte da traiçoeira numenclatura), “cada vez mais à rasca” com os gloriosos feitos dos seus anteriores recomendados.

Como dizia aquele grande Senhor que deixou de ir ao CG porque não lhes apara jogadas: - eles que criaram a hidra de sete cabeças e a alimentaram, que a destruam ou a domem...

Por isso o CFB tornou-se no maior alfobre de “descarados Párias aclubisticos sem vergonha deste país”, tudo possível, e, se calhar, ainda não vimos tudo! Para além dos coloridos, alguns bem identificados (porque infelizmente não conseguem apagar todo o seu lastro passado), há que ter muito cuidado com os “párias” que se infiltram por tudo quanto é lado, auto-promovendo-se para depois efectuarem os seus negociozecos, dê lá por onde der, basta espreitarem uma nesga ou fresta entre-aberta.

Os que gostam de traficar e não têm emenda, desde há muito que escolheram o seu robô alvo, tipo presidente “ideal”: Político, bem falante e de preferência charmoso! Eu diria beija cus e de preferência muito obediente, ainda que tolinho e ineficiente.

Há também os Adeptos que defendem um congresso para clarificar conceitos e ideias! Nada Contra. Outros reclamam uma espécie de Mega Estados Gerais, para derimirem de uma vez por todas o que fazer a todo o património, que modalidades manter e com que estatutos! Nada contra. Mas pergunto que órgão dará representatividade a quem? Quer às presenças, quer aos temas, quer às votações e respectivas conclusões? Nomeia-se uma junta de “sábios” que prepara o caldinho que lhes interesse ou aceitam-se todas as moções e todas as presenças, mesmo as daqueles que fugindo anos ao seu dever associativo, pagam a quota do último mês à pressa com a ajuda de amigos no interior do clube? E depois como implementar as conclusões contra uma maioria (previsível de adeptos passivos) contra uma minoria activa, mais esclarecida e participativa? E que fazer às Acções Judiciais que fatalmente surgirão, dos que se julgam ainda donos do Clube e não queiram participar? E os estatutos dão cobertura a estes eventos? Quanto tempo levará uns EG bem planeados, organizados e amplamente participados? E quanto custará e quem pagará? E o actual CFB ainda será vivo quando as conclusões forem implementadas?

Somos adeptos da democracia participativa, cada indivíduo um voto e amplos debates, mas detestamos folclore e perdas de tempo, porque cada nano segundo consumido inutilmente deste nosso precário tempo, custa uma exorbitância.

Bem, num clube alegremente postado sob o precipício por cobardes e fugitivos, tempo é a amarra cada vez mais frágil, prestes a soltar-se ao menor gemido, grito ou soluço, assim, venha o mafarrico e escolha, sabendo-se desde já que nenhuma solução seria ou será consensual.

Do ponto de vista de melhor preservar a Identidade, o ecletismo e o Colectivo Belenenses, defendemos (eu, todos os que participaram e discutiram o Projecto do Futuro Complexo Artur José Pereira do Restelo que requalificaria na totalidade os 12,8 htc), que este espaço único tem de ser a nossa Âncora e Motor do Superior Desenvolvimento Político e Desportivo que se projectar, como forma de melhor respeitar O Passado, Compatibilizar O Presente e Garantir O Futuro.

E tratando-se de Um Conjunto de Equipamentos Harmónicos Entre Si, de Puro Luxo e Fino Detalhe, virados para o entretenimento, lazer, saúde e desporto, sem qualquer pressão urbanística ou imobiliária, seria do nosso ponto de vista, a melhor forma de preservarmos e valorizarmos o nosso património, protegendo-o de vez da vã cobiça, ao mesmo tempo que reforçamos, cimentamos e fomentamos a Nossa Mística e as Nossas Conquistas, tornando o Velho Restelo num aprazível local de Puro Culto.

Como os locais de cultos não se profanam, nem se banalizam, teríamos que criar um espaço que não deve distar mais de 20 km do actual, edificando o Centro de Treinamento e Estágio, espaço em que ocorreriam todas as restantes manifestações diárias não oficiais, particulares ou oficiosas, tendentes a dar tranquilidade e paz de espírito a todos.

Claro que um projecto desta dimensão custa dinheiro, mesmo que possa ser executado em parte com materiais compósitos e mais baratos (pela sua maior longevidade e manutenção), contando com o aproveitamento de materiais nobres do actual estádio, tudo em consonância com o respeito pela natureza, edifícios inteligentes, dotados do último grito em domótica e refrigerados a água do Tejo.

É um projecto claramente direccionado para Entidades Internacionais, únicas que não fazem questão em serem proprietárias do solo, exequível tecnicamente, com financial plan estável, auto financiável e BREAK EVEN a 7 anos, que apenas nos traria receita e não despesa, uma vez que serão os próprios financiadores a gerirem cada espaço, com concessão a 40 anos, recebendo o CFB as receitas dos seus eventos ali realizados (desportivos ou não), deduzidas as respectivas despesas, mais o fee determinado à cabeça em cada ano fiscal, acrescidos dos respectivos royaltys sobre lucros extraordinários, ao fim dos quais podemos adquirir parcial ou totalmente cada equipamento, mediante pagamento do seu VVAD (valor venal à data) ou voltar a concessionar, sempre com o direito de preferência ao construtor / financiador, desde que iguale a maior proposta ofertada.

Neste tempo de crise, os grandes projectos internacionais não são afectados, há sempre espaço para o inovador e o luxo, que requalificaria todo o bairro do Restelo e seus adjacentes, garantido à CML um aport financeiro que só em licenças de construção e habitação, seria superior ao buraco herdado da Park Expo, dado que obrigará à reformulação dos actuais edificados velhos e anquilosados, por novos conceitos, ainda que respeitando traças actuais e volumetrias.

Já sei que os imobilistas, os usurários e prestamistas que nos sugam, os que fazem sempre contas do que podem ganhar profissional e particularmente em cada momento e com cada acção, nos bota abaixo por inveja, nos pessimistas por natureza e nalguns arquitectos funcionários da teta pública (que passam a vida entre-copos meio cheios e vazios), começarão a glosar dizendo que a CML e Ipar nunca autorizarão nada de parecido!

Que o local está condicionado pelo PDM, pela chamada Coroa da Ajuda / Restelo, pela ex comissão de moradores encabeçada pelo Venerável Arquitecto Carlos Ramos, que em tempo e aborrecidos com a implementação do Varanda Azul, projecto de Arquitecto Bastonário da Ordem, que não teve a ombridade de o consultar, levou a uma onda de contestação e reclamação que culminou com juras de ali só serem edificados equipamentos desportivos e do uso capeão da vista sobre o Tejo? Aos moradores circundantes! Coisa nunca vista em Portugal e no mundo dito civilizado, Etc, etc…

Quero sossegar não só estes, mas também os ululantes de todas as horas, mais os políticos na reserva ou actuais, que fazem do CFB o seu espelho mágico catapultador de imagens irreais ou tremidas, que o actual Presidente António Costa sabe particularmente das nossas intenções e das linhas gerais deste projecto e que o deseja conhecer oficialmente, e que o mesmo não interfere em nada com regulamentos existentes, interesses da AM, da JFSMB ou dos Moradores, antes pelo contrário, enriquece-os, valoriza-os e serão de sua futura utilização, tanto mais que o meios audiovisuais que teremos á nossa disposição, também estarão disponíveis para difundir mensagens destas Entidades, instrumentos a que os clubes da 2ª. Circular, a quem são dadas todas as ajudas, mesmo as mais gritantes e ilegais, nunca se preocuparam em disponibilizar aos autarcas.

Acresce, que a ter de ser o contrário e o Ipar inventar desculpas e mais entraves, teríamos de questionar dos critérios quanto ao CCB (que não choca nada com os Jerónimos), do Hotel construído á beira mar e projectado pelo Arq. Salgado antes de ser vereador da CML (para o PS “pagar favores a Fernando Martins” pela utilização contínua do Altis) e a futura Igreja de São Francisco (cujo minarete tem 85 metros de altura), e que eu pedi ao Arq. Trofa Real que aumentasse em mais 50 metros (para ser uma verdadeira torre).

Creiam que nada se faz sem trabalho aturado, muitas parcerias e persistência, claro que quanto mais alargado e abrangente for a defesa de um projecto deste cariz, maior será a celeridade e a sua consumação.

Proximamente, farei uma apresentação privada deste conceito a Adeptos do Belenenses, através de convite particular a dignitários das áreas de Criação e Construção, para que também possam dar os seus contributos, discutir e aprimorar as ideias base, colocando à disposição o pré esquiço, que tem tanto tempo, quanto a data em que o Hélio Nascimento o observou, até 3 guardanapos terem voado do Madeirense e aterrarem frente ao restaurante do senhor Vilas.

Entretanto podem ir pensando quem foram os responsáveis pelos acontecimentos que a seguir indicamos, e que mal lhes aconteceu:

O responsável pela bronca Makaé?

O experiente vice que foi ao congresso da FPA e se esqueceu de elucidar a secção quanto às regras a observar na utilização máxima de jogadores, levando o Belenenses a ser intimado a pagar 18 mil contos à FPA e obrigando o FCP criar a LPA para nos safar?

E quais os responsáveis pela desistência de Rui da Cruz, Homem sério e bom, ao não ter aceite ser líder da continuidade e da lista armadilhada pelos natas de 20 em 90, que englobava o célebre bando dos 4 como vices?
Dou um pacote de amêndoas francesas a quem souber esta última.

Até lá podem ir escolhendo as prioridades nucleares do CFB ou deixar que venha o mafarico e as escolha! Sendo que não podem fugir muito a estas, todas infelizmente inter - ligadas:

- Como honrar o presente e abater o gritante passivo sem hipotecar o futuro?
- Como retornar rapidamente à primeira Liga?
- Como motivar Adeptos e reganhar massa crítica?
- Que atrair novos Investidores e Patrocinadores?
- Como motivar um grupo profissional cheio de desiquilíbrios e psiquicamente nas lonas, da necessidade imperiosa de garantirem os 5 miseráveis pontos nos príximos 2 jogos, de molde a terminarem com sufoco e a afronta de uma maior desonra (se não recebem a tempo e horas) e poucos têm garantido o seu futuro?
- E nas modalidades ditas amadoras, que tipo de motivação deveria ter sido efectuado, em vez de as entregarem a Núcleos de Heróis Belenenses? Ou o futuro é fechar, sufocando-as financeiramente e retirando-lhes condições de treinamento de forma sublimada e traiçoeira para prosseguir objectivos imobiliários inconfessáveis?
- E aos funcionários? Em 91 anos de história nunca haviam sido tão rebaixados e foi preciso chegar a presidente do Clube um deputado da nação que trejurou defender a constituição e o mais necessitados para serem tratados abaixo de cão e desprezadas todas as leis, vivendo num terror que nem o “fascismo” de Salazar ousou? Que ganhou em boa verdade o Clube? O respeito ou a chacota e desprezo!

Tenham bons sonhos e umas Boas Páscoas açucaradas.

PS 1: Não estive presente como era minha intenção na última AGE, graças ao Vitor Ennes que ao postar inocentemente na véspera, a célebre arruaça de 7DEZ90 no Facebook, fez-me reviver um departamento emocional que julgava selado, qual sepulcro atómico. E para evitar ir ao armeiro e despachar em plena AG 2 vigaristas mentirosos ainda no activo, resolvi ir apanhar o ar puro das montanhas. Um dias destes conto a verdadeira historia dessa direcção e como ex-ladrões ficaram sem o candidato da continuidade e depois em pânico com a auditoria, uniram-se á suposta oposição que perdera esmagadoramente nas urnas, naquela que foi a maior manifestação cívica dos sócios em actos eleitorais, e juntos fizeram uma aliança anti natura, uns para evitarem a divulgação da auditoria efectuada pela KKPMG em que os inculpava na gestão do bingo e outros à cata do cheque de 75 mil contos para fazerem flores, negócio feito nessa mesma tarde, em que decuplicamos uma “fantástica” venda anterior do posto da BP junto da bancada nascente, hoje Repsol, que de uns míseros 25 mil contos pulou para 250 mil contos. Cheque que passeou na carteira do António Estrelado algumas horas (até eu ter um amoque e lho sacar). Ou talvez faça uma conferência de imprensa com o Mário Miguel, Luís Santos e o José Matias, vivos e de boa saúde, que sabem todos os contornos destas profanações;