"Fado-do-Trocas", Património de Todas as Caldeiradas...



A bitola azul ululante,
É arte dos afonsinhos,
Teso, ave-rara ou farsante,
Tudo serve aos anjinhos.

Acreditam vezes sem conta
Nas cantatas dos galarós,
O Clube é boa montra!?
Depois pagam, alguns totós?

Á primeira todos caiem!
Á segunda? Só lelés!
Com trocas e cobaias,
Lá revertem os papeis.

Cada mono, sua "glória",
Cada asno, seu pendão!
E nesta triste história,
Queimam, milhão a milhão...

O asno, zurra d´alto,
Os biltres, zarpam lampeiros,
O puro, recebe cartas,
São penhoras, dos "caseiros",

Que não paga renda,
E não cumpre contrato,
Pobre Asae que n/chega,
A tanto ladrão, barato.

Quem "come" muito, fiado,
Não só arrisca indigestão,
O baço, fica inchado,
E o fígado? Durão.

Depois só bebem águas,
turvas, sujas e inquinadas,
Ficam a carpir mágoas,
Com tantas fontes d/ratas.

Esta carta tem esteira,
Tão longa como Esparta,
Justiça! Zé da Beira!?
Cegos, míopes, à farta.