Fábula "Fictícia" N. 1 (antes da noite glaciar...


A presente história nunca aconteceu, se alguém teimar em associar a factos parecidos, mas ocorridos num local determinado e conhecido do nosso rincão pátrio, assume a inteira responsabilidade por tal mentira e vilania!!!

Enredo 1: "Velhos" Sábios pertencentes a uma sociedade "ultra-secreta", preocupados com o elevado índice de "cumprimento" fiscal, desportivo, contabilístico e estatutário, resolveram "apertar" com o "Garganejo Mor" das festanças, para o que se prepararam afanosamente durante ene opíparos banquetes, incumbindo o Chefe Zelador dos Anciães de metralhar o dito cujo, levando-o a admitir excesso de "competência" para o lugar, e, no limite, obrigá-lo a demitir-se e "recandidatar-se de imediato a novo mandato, desta feita não por 3 anos, mas por uma década, tal o excelso trabalho realizado"! Que importam os estatutos;

Enredo 2: "Garganejo Mor" avisado desta "tramóia" a tempo, reúne os seus lugares tenentes mais "aprochegados", mais lugares, que tenentes, e coloca questões "despertinentes"!
- ... meus amigos! E agora??? Como nos safamos desta...
- ... é uma afronta não nos deixarem cumprir o nosso mandato, para o que fomos eleitos com um rol abundante de promessas firmes, sufragadas por um montão de intelectuais do voto, livremente expressos!!!
- ... por outro lado, se aceitarmos este convite envenenado, estamos safos, dizemos que fomos empurrados, por isso o desvio ...!!!
- ... vou arranjar uma saída, acreditem, vai ser limpinho, como com os gajos malandros que fizeram acordos comigo...

Acção 1: Zangados e impacientes por Garganejo Mor chegar uma vez mais atrasado a um pedido de esclarecimentos, mal o Zelador o lobriga no "Salão", dispara gaguejando : ... 19 meses e nada de contas, ... vergonha ..., ernestos mas apenas para com o passado..., fartos de presentes envenenados e garotadas..., queremos respostas e compromissos para hoje...!!!

Acção 2: Garganejo Mor acossado, ainda mal tivera tempo para sentar-se e auscultar o ambiente, já estava a ser encurralado, olha distraidamente para o relógio, levanta se e retruca: ... caros manos Baltazar, doutores, majores e coronéis, palavra de matemático infalível, ... marquem uma AG para Março, onde apresentarei todas a contas certinhas e sem erros de Excel, mais os correspondentes lucros da direcção e sad, ainda apresentarei o Investidor russo que saiu há pouco daqui, bem como os fundos FI e FM, agora dêem me licença, mas tenho de ir inscrever dois jogadores para subirmos de divisão, antes que a liga feche...;

Acção 3: Dada a saída airosa mas não firme de Garganejo Mor, os manos, alguns doutores e majores suspiraram de alivio e abraçaram se, exclamando: ... o rapaz é tão fino e arnesto. Podemos ir dormir sossegados...! Alguns coronéis mais desconfiados, entre-olham se, franzindo os cenhos, e balbuciam por entre dentes: ... é a ultima vez que nos enfias a toca, ora se é...;

Acção 4: O Humilde Murça entretanto, continuava de caniço na mão, sentado nos degraus da fria marina de Belém, devolvendo ao rio as petingas que ia apanhando ao corrico, aguardando que o telemóvel estremecesse, afim de lhe liquidarem as dividas renegociadas tantas vezes e nunca cumpridas, acabou por adormecer congelado;

Epilogo Final: Durante a madrugada sucedem se o retinir de telelés nos quartéis, há ordens para a tropa fandanga marchar sobre o objectivo e destronar o artista. Do outro lado, pede se mais um servicinho aos jornaleiros amigos do croquete e da bira fresquinha, crucifiquem o Murça, esse malandro da bola que "mais uma vez atraiçoou" os AZUIS;