Leia a Política de Comentários e Princípios «Belém Livre»
Contacte-nos por email: belem.livre@gmail.com
Mayday...Mayday... (O Nosso Futuro)
"...o nosso futuro depende da superior capacidade de inovação e reorganização que imprimirmos ao CFB…"
(Inquietações em voz alta de adepto atento e preocupado com o futuro)
O tema é recorrente, o desejo já foi mil vezes formulado e outras tantas reformulado, as hostes dividem-se entre adeptos que continuam a perfilar o justo anseio de continuarmos o ecletismo gigantesco e desmesurado, herdado de passado recente (que acarreta vários problemas de gestão), não só do espaço Restelo, mas igualmente logísticos, financeiros (cada vez menores recursos) e objectivos desportivos (meramente participativos a comparsas mascarados de candidatos a coisa alguma).
Em contrapartida, há adeptos que sendo tão belenenses como os anteriores, mas porque têm uma visão moderna, mais real e abrangente do espaço onde nos inserimos, das dificuldades do mundo que nos rodeia, preferem um CFB confinado às modalidades essenciais, apenas e tão só as que nos garantiriam a caminhada ascensional, quer no âmbito desportivo (crónicos candidatos aos títulos), mas igualmente o suporte que atrairia os nossos adeptos desiludidos e arredados do nosso convívio, face ao confrangedor miserabilismo a que nos remeteram (nas últimas décadas).
Num clube que alguns preferem continuar simpático (mas desorganizado, cinzentão e incipiente), outros anseiam pelo regresso às origens, à saudável loucura dos nossos fundadores, mas agora dotado de moderna gestão e marketing, pilares indispensáveis para o inevitável salto.
Não é fácil desligar o coração de tantas glórias que passaram pelo CFB nas mais diversas modalidades, mas o futuro não se compadece com saudades e lembranças, por muito fascinantes que elas tenham sido, de recordações vivem os museus, mas apenas aqueles que estão permanentemente abertos.
Os clubes não podem nem se devem querer substituir ao estado, foi assim no tempo do estado novo, façam vocês as despesas que me estão cometidas (quanto ao direito e dever de dar aos cidadãos estruturas condignas para a prática desportiva e saúde física) e eu darei de vez em quando uns míseros óbulos (como forma de compensar a minha insensatez intelectual), de preferência aos que forem obedientes e pensarem como eu.
A modernidade obriga cada vez mais as modalidades a obterem os inevitáveis patrocínios, e todos sabemos que as grandes empresas só aceitam ligar o seu nome a bons produtos, logo, quanto maior for a mediocridade, mais difícil será conseguir-se algo de jeito, pelo contrário, o que é bom vende-se sem esforço, gera cobiça e luta pela parceria.
Por outro lado, para além do produto ter de ser bom, é necessário publicitá-lo em conformidade, ter-se bons meios de acomodação para espectadores, de higiene e nada de alaridos nos media.
Hoje, perdoem-me os acomodados, é confrangedor o nível de muitas das nossas instalações (apesar do esforço que foi desenvolvido para supostamente o modernizar), mormente em termos de higiene e imagem.
Alguns dirão, o dinheiro não chega para tudo. É verdade! Mas quem não tem dinheiro não tem vícios, as notícias negativas não ajudam, nem atletas, nem dirigentes, nem chamam adeptos desmotivados, antes pelo contrário, afastam tudo e todos, cada vez mais (alguns de forma definitiva).
Ao invés, servem de chacota, gozo desmedido e galvanizam os nossos crónicos adversários, descredibilizando todos os esforços sérios de qualquer direcção que se preze .
O CFB está numa encruzilhada fatal, tem de decidir rapidamente qual o caminho a seguir, tem de urgentemente reposicionar a sua vocação, tem de ser o primeiro a inovar, até pelo local privilegiado onde está inserido, que potencia e garante todos os sonhos que queiramos abraçar. Mesmo os mais ousados.
Perguntamos: Que serve ter-se dezenas de modalidades que levam as cores do Belenenses a todos os recantos do país, se os resultados são penosos, a sua gestão desmazelada (salvo honrosas excepções) e os incumprimentos mais que muitos.
A quem serve este estado de coisas? Ao Belenenses? Aos Belenenses? Aos que se servem do Belenenses? A resposta é muito fácil, adeptos e caros consócios, está à vista…
Não seria preferível ter-se 3 ou 4 modalidades de referência e modelo profissional! Modalidades que trariam prestígio, respeito e adeptos! Modalidades que tivessem as respectivas pirâmides bem assentes e desenhadas, com técnicos de renome que assumissem um modelo de jogo único (em todas as categorias)! Modalidades lucrativas ou de gestão equilibrada!
Naturalmente que os “adeptos” do status quo, do deixa andar, querem as coisas como estão, pudera, a tanga tem-lhes dado jeito ao longo de décadas!
Alguém sabe quantos funcionários tem o CFB? Quais as suas funções? Que serviço "modelar" prestam ao clube?
Com total impunidade, vemos serem usados meios indevidamente e com beneplácito de quem deveria exigir mais profissionalismo e lealdade, tudo porque a gestão é amadora e não responsabiliza ninguém.
Se queremos atrair massa simpatizante e adepta, temos de ser inteligentes e criativos, em doses q.b., sem ignorar a crua e dura realidade do país, do nosso espaço e povo (sócios e adeptos).
Pela forma autista e senhorial como alguns responsáveis se têm comportado (porque nós sócios adormecidos, discutimos o acessório em vez do fundamental e permitimos todo o tipo de achincalhamentos), até parece que estamos perante uma "sociedade" oligárquica ou dinástica.
Ainda para aqueles que tiverem dúvidas, a leitura de algumas actas daria para perceberem que a passagem de certos “senhores” pelo CFB, só teve um sentido, o do bem estar e enriquecimento desses mesmos, à custa do clube.
JAN