Bye-bye Tanso Boy Rumo à Sarjeta

mãos na guiadera,
pés na pidalera,
cú na sentadera,
cornos n'azinhera.

(... do cancioneiro popular
alentejano, em homenagem aos
chico espertos da vida...)


Não fosse a bola redonda
e alguns campos inclinados
e haveria mais malandros
sempre um, de cada lado.
Acabavam-se as farroncas
o bate boca, o tralaró,
marcava-se homem à zona
qual táctica ou dominó.
O score equilibrado
seria sempre altíssimo,
mais vitória ou empate
ou derrota suadíssima.
Bruás não faltariam,
Olés também não,
Sevilhanas umas poucas.
Fados tristes? É que não!
Acabava-se a gabarolice
do jogo ter 4 tempos
e também a parolice
dos patos comerem penas.
Evitava-se o mascanço
que cansam os malares
e gritar-se-ia tanto
de todo os lugares.
A lauda das competências
teria um crivo maior.
Adeus recompensas parvas,
"auf Wiedersehen", prémios de jogos.
Os tansos acabam no sameiro
impregnados de água benta
e mal pisam o risco
são largados na sarjeta.