É ponto assente as assente as borradas que Fernando Sequeira fez. Praticamente, o golfista não tem defensores. E eu não posso ser um deles.
Mas, todos os males que nos caem em cima são devidos a ele?
Hoje, Pedro Machado, da Comissão de Gestão, pôs a nú algumas situações que, pura e simplesmente, se tem pretendido passar por alto. Eleitoralismo? Talvez. Mas venha a verdade.
Pedro Machado estimou a existência de um passivo de cerca de 10 milhões no clube e de 6,3 na SAD e apontou como marco na vida do Belenenses o momento em que "o clube passa a ficar onerado com um empréstimo de uma dimensão significativa", que, sublinhou, "foi contraído para fazer face às dificuldades de tesouraria na SAD".
E a seguir, explicou:
* Quando Fernando Sequeira tomou posse, isto é, cessada a gestão anterior (direcção do entretanto falecido Engº Cabral Ferreira, que aqui não está em causa como homem mas tão só como dirigente, sem esquecer, de modo nenhum, os que o acompanhavam), tínhamos "a profunda exaustão de tesouraria" na SAD nessa altura, o que provocou "salários em atraso, impostos em falta e acordos com credores por cumprir", como se refere no relatório do exercício relativo à época 2007/08, encerrado a 30 de Junho de 2008.
* A manutenção dessa situação, que se qualificava como gravíssima, iria determinar a não obtenção das certidões fiscais e da Segurança Social, que teria como consequências o impedimento de inscrição de jogadores para a presente época, tanto mais que havia apenas 10 jogadores que transitavam da época anterior, e punha em causa a própria sobrevivência da SAD", esclareceu Pedro Machado.
* no final da temporada passada, "não havia qualquer disponibilidade de caixa na SAD nem valores a receber", além de um "saldo negativo de 930 mil euros no final do primeiro trimestre de 2008".
Antes de passar o tsunami Fernando Sequeira, estávamos "muito bem", não estávamos? O problema foi só ele, não foi?
