Sabia-se de antemão que este seria um jogo, de grau de dificuldade elevado, um adversário moralizado, um adversário com uma intensidade de jogo, bem acima de todos os que defrontámos até hoje, para mais, um Restelo Cheio de adeptos adversários como não se via à muitos anos.
Enfim, todos sabíamos o que tínhamos pela frente, inclusivamente o plantel Belenenses, hoje uma equipa de tostões…Defrontou uma equipa de milhões.
Em relação ás equipas ambas actuaram dentro do seu esquema habitual, sendo que em termos de novidades, o Benfica alinhou com César Peixoto na esquerda (em vez de Schaffer), enquanto no Belenenses Celestino substituiu Felipe Bastos, e a já esperada entrada de Beto, para o lugar de Arroz, o central que se estreou, viria a comportar-se como um dos melhores em campo na nossa equipa.
O jogo que correu bem ao Belenenses, durante…Dois minutos, altura onde inclusivamente criámos uma boa oportunidade de golo, mas rapidamente fomos chamados à terra, arrancada de Saviola, e toda a equipa Belenenses, a fazer atletismo ao lado dele, uma passadeira vermelha até á área azul …que só podia terminar em golo.
A partir daqui, os dados estavam lançados, a estratégia, de João Carlos Pereira (que certamente passava por adiar ao máximo o primeiro golo do Benfica), caiu desde logo por terra, e a partir daqui e durante toda a primeira parte assistimos a um jogo sempre controlado por parte dos senhores de vermelho, e muito por culpa, nossa diga-se de passagem, porque se é verdade que a diferença de qualidade estava visível aos olhos de toda a gente, a verdade é que o nosso meio campo hoje, foi…Zero, durante o jogo todo.
Celestino, Zé Pedro e Gavilan pelo menos a cabeça, ficou em casa de certeza, tal a inoperância que demonstraram durante o tempo que estiveram em campo.
Uma equipa como o Benfica que troca muito bem a bola e ainda por cima não sendo pressionada convenientemente, jogou a seu belo prazer, imprimiu velocidade quando achava que o devia fazer, baixava o ritmo de jogo quando queria, sendo que Saviola sempre endiabrado quando vinha atrás buscar jogo não tinha a devida compensação feita pelo meio campo e tinha sempre muito espaço para fazer o que lhe apetecesse.
A verdade é que hoje o Belenenses, nunca jogou de pé para pé, primeiro porque o adversário não permitiu, e segundo porque os pensantes do meio campo estiveram nitidamente em dia não, e foi sempre o futebol directo o escolhido para chegar ao ataque.
Mesmo assim e a jogar mal, a verdade é que na primeira parte, a equipa acabou ainda por criar mais uma oportunidade de golo, com Zé Pedro e Yontcha a não conseguirem finalizar da melhor maneira.
Na segunda João Carlos Pereira tinha de fazer alguma coisa, e fez uma alteração fez entrando Lima(bons pormenores), para o lugar de André Pires (O jovem defesa esquerdo acusou em demasia o jogo), Barge desceu para lateral esquerdo, e Fredy passou a jogar atrás dos dois avançados.
O Belenenses até entrou bem, nesta segunda fase, mas um erro do árbitro deitou por terra qualquer hipótese de recuperação que fosse, com o segundo golo do Benfica a ser marcado em posição de fora de jogo.
E a partir dessa altura deixou de existir Belenenses, mesmo com as entradas de Pele e Felipe Bastos (saíram Celestino e Gavilan) para o meio campo a equipa não melhorou, perdeu capacidade de luta no meio campo, pois o elemento mais lutador (Barge) já tinha passado para a lateral esquerda.
Estavam criadas as condições para o resto de jogo só de um sentido, e se bem que a vitória adversária não tem qualquer contestação, a verdade é que o terceiro golo, nasce de um pontapé de baliza transformado em livre para o Benfica e o quarto golo é também ele marcado em posição irregular.
Portanto, exibição frouxa, principalmente no meio campo, equipa que abordou o jogo de uma maneira errada, não conseguiu fazer pressão, nunca incomodou verdadeiramente o adversário, que controlou sempre o jogo, e por isso nunca sentiu sequer o perigo de lhe ver o jogo fugir, erros da equipa de arbitragem, mas não fizemos sequer o suficiente, para nos podermos queixar deles.
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Crónica de uma morte anunciada
Publicado por Bruno Nunes @ 13.9.09 Etiquetas: Bruno Nunes