Alguém viu o Belenenses?

Eu, não vi, não quero acreditar que aquilo a que assisti ontem no Estádio do Restelo seja o Belenenses, são nem mais nem menos que onze pessoas, com a camisola azul, que tem o nosso símbolo, a correrem atrás de uma bola de futebol.
O que eu realmente vi, foi, uma equipa sem rei nem roque, uma orquestra onde o maestro não sabe o que faz e cada um dos músicos toca o que sabe, isso sim vi.
Primeira parte medíocre, ainda havia quem dissesse “nem estamos a jogar mal”, segunda com bons dez minutos iniciais, e depois…outra vez a normalidade, medíocre presença em campo à qual insistimos manter como registo.
As duas equipas, entraram como era de esperar com os esquemas habituais; no Belenenses, Fellipe Bastos no lugar de Zé Pedro no onze, não na posição; no Paços, Baiano a lateral direito e Maykon a lateral esquerdo, já que o titular se encontrava lesionado.
Princípio morno, primeira parte muito monótona, sem grandes rasgos, em que o Paços aproveitou a primeira oportunidade para marcar, e transformá-la em golo, com sorte é verdade, quer pelo facto de ser a primeira, mas também por um ressalto ter traído Nélson. Se até aqui o Paços não tinha feito muito, a verdade é que a partir daqui como que começou a justificar a vantagem, a equipa soltou-se e criou mesmo mais duas oportunidades de golo, uma delas flagrante.
O Belenenses acusou o toque, e demorou a encontrar-se, quer dizer, porque desencontrado esteve sempre, e só no final da primeira parte, através de Freddy, é que a equipa criou uma situação de golo, e aqui a sorte não esteve connosco, num ressalto, a bola não entrou.
Na segunda parte um ar de graça, ou pilhas novas que infelizmente não eram Duracel, só duraram dez minutos, e o jogo estava mais aberto, e quer Belenenses quer o Paços, passaram a encontrar mais facilmente o caminho para a baliza.
Até que aos sessenta e oito minutos, num erro de Rodrigo Arroz, nasce o segundo golo do Paços, e a partir daqui o jogo ficou sentenciado, não sem antes Barge, numa clara arte de bem receber, tenha também ele oferecido o terceiro golo ao Paços.
A partir daqui a equipa desuniu-se ainda mais, e ainda teve tempo para se desentender na marcação de um Livre em que Gavilan, Freddy e Igor, deram um espectáculo deprimente, acabando por ser um dos homens do treinador (Ivan) a marcar o malfadado livre.
Agora e depois de uma crónica mais ou menos fiel ao que se viu em jogo, opinião pessoal, as ausências de Zé Pedro e Yontcha, não explicam tudo, pois quando há trabalho de campo (treino) as coisas podem não sair tão bem, mas os processos estão lá, o nosso meio campo pressiona com os olhos, e é lento a movimentar-se ofensivamente, ontem então, tirando Felipe Bastos, que tem alguma velocidade (não a sabe é usar), os jogadores são muito lentos, e isso faz-se sentir no resto da equipa.
João Carlos Pereira, voltou a mostrar que não sabe ler o jogo, e ontem apresentou mais uma «pérola», fez entrar Dani, um extremo esquerdo...que andou a jogar a dez, e à direita…é um Barge (faz tudo) ofensivo.
Ou seja, o homem anda perdido, não tem pulso no balneário, aquele livre já reportado, assim o mostra, não trabalha o suficiente, mexe sempre mal, não sabe ler o jogo, enfim uma nulidade como treinador, que nem em conferência de imprensa consegue assumir os erros, ou o que está mal, ao contrário do corajoso Nélson, que chamou os bois pelos nomes.
Sr. João Carlos Pereira, quando se perde por três bolas a zero, e o melhor jogador da equipa é o guarda-redes…é mesmo um drama!
Acabo como comecei...alguém viu o Belenenses?