A tradição já não é o que era...

Mais uma vez brindados, por mais um grande feito, oferecido pelo nosso “líder”, depois de conseguir a primeira vitória frente à Naval, em jogos a contar para o campeonato, e de um empate em Alvalade, eis que…conseguimos, perder em casa com o V. Guimarães, algo que não acontecia à quinze anos.
Portanto, mais uma vez (arrisco-me a tornar repetitivo, mas é sempre de salientar o feito), fez-se história, no Restelo, e a tradição definitivamente já não é o que era.
Com um frio de rachar, menos de mil pessoas, nas bancadas, que fizeram sem dúvida nenhuma, mais uma vez (lá está), uma enorme pressão sobre os onze atletas que equiparam de azul, durante a partida.
Dadas as ausências, umas justificadas, outras, nem por isso, a equipa inicial, não fugiu, aquilo, que seria de esperar por parte do nosso “líder”, Arroz, no lugar de Diakité, o recuperado (será que estava mesmo) Ivan, no lugar de Celestino, e Yontcha ao lado de Lima, relegando Fredy para o banco.
Noite fria, e jogo gelado, a verdade é que nem mesmo o frio fez com que os jogadores, tivessem mais vontade de correr, os do Belenenses, porque não podem, os do Vitória (ganharam e tudo), por principalmente na primeira parte, não quiseram muito com o jogo.
Na verdade e mesmo com o Guimarães, apenas na expectativa, sem acelerações, nós aquilo que fizemos, foi… um remate á baliza…aos trinta e quatro minutos… e dois livres (um deles perigoso a terminar a primeira parte), de resto tudo muito lento, se fosse mais rápido, possivelmente o “líder” não conseguia ler o jogo (pode ser sempre essa a razão), muito jogo lateral, e muito jogo para trás.
Para a segunda parte, mais uma vez (desculpem, mas tem mesmo de ser), uma repetição, bons, quinze minutos, com duas boas possibilidades de marcar, mas aí o treinador Paulo Sérgio, achou que estava na altura de ganhar o jogo, e colocou mais um ponta de lança ficando agora a jogar com dois avançados em cunha.
O “líder”, sempre rápido a executar e a pensar, quando deu conta (se é que já deu), já estava a bola no fundo das nossas redes, lesto a pensar (quando se tem mérito, tem), achou então que estava na hora de a equipa ficar a jogar com onze jogadores finalmente, retirou Ivan e colocou Fredy.
Substituição que em termos posicionais nada alterou pois Fredy, foi jogar para o vértice mais avançado do losango…tendo um pouco de mais liberdade, de vagabundear pelo campo.
E a equipa tentou reagir, á adversidade, mas Celestino (entrou para o lugar de Pelé) no canto do cisne da equipa, desperdiça uma daquelas que nem lembra ao menino Jesus (elemento Natalício na crónica), baliza escancarada e ele decide, tentar acertar no… Tejo.
Diga-se que o Vitória sem fazer muito apanhou-se a ganhar, mas que após o golo, podia ter ampliado mais que uma vez a vantagem.
Até final, o que se viu, foi o André Almeida a estragar as contas ao “líder”, pois foi expulso e assim voltámos a jogar com dez… E a lesão de Arroz (substituído por Devic), num choque com Nelson, e vamos ver se não perdemos os dois, para Leiria.
Mas, aqui, na substituição do Arroz, o nosso visionário “líder”, que estava a perder por uma bola a zero, troca um central por outro, a um minuto de terminar o tempo regulamentar.
Eu até dou de barato a troca por troca… Mas Devic era para a frente que ia, e apostava-se na sua capacidade física, para o jogo aéreo… enfim ia tudo para o molho… sim ia, mas ao menos tentava-se alguma coisa…agora simplesmente segurar o um a zero para o adversário… Parece-me um pouco ousado…até para o “líder”.
No final, derrota, e mais uma vez (prometo que é a ultima) pérolas lançadas pelo nosso “líder”, fazendo com que finalmente, perceba o seu intuito enquanto treinador… Como o próprio dizia, o Campeonato é uma prova de regularidade, e nisso realmente, não podemos dizer que o “líder” não tem sido coerente, ou empata ou perde, normalmente alternado, sendo que aquele malfadado jogo com a Naval, em que os sacanas dos jogadores, decidiram ter um comportamento, altamente irregular…E, ganharam o jogo os malandros, não sei se não seria motivo para a Direcção pedir a repetição do jogo.
Mais uma vez (bolas, agora é mesmo a última), saímos desiludidos, tristes, porque … O “líder”, no fundo, é apenas uma pessoa, regular.