A Lei da Parsimónia ou Navalha de Ockham, Versus o CFB


Nunca acreditei que grandes gestores empresariais (sirvam em regra) para recuperarem Clubes Desportivos em dificuldades! A não ser que alguém lhes encha a cesta com melões, e, à borla!

Nunca acreditei no sucesso de equipas de gestão numerosas à frente de Projectos Desportivos, face à dificuldade em gerir-se as idiossincrasias dum pequeno núcleo que servirá sempre de locomotiva e vanguarda, contra outros que se refastelam calmamente, esperando para aparecerem nas fotos do sucesso!

Sucesso que é medido semanalmente, mormente no seu main business, perante uma plateia recheada de imensos sabonetes, todos com direito a opinião e com ideias muito próprias e bitolas díspares.

Gerir um Clube, sem activos desportivos firmes, sem mística ou passado caseiro, conjugados com outros de pouco significado desportivo (mas contratados por montantes brutais), quase sempre adquiridos nos mercados de refugo e em desespero de causa, sem raça, logo sem ambição, e, muitas vezes, sem um líder de balneário, ainda é mais complicado.

Tudo porque as respostas para as coisas caricatas ocorridas no Clube são simplistas e aceites sem grandes explicações lógicas, por uma massa associativa que varia entre o ordeiro e o profano, aceitando todas as patranhas ou paninhos quentes que lhes vendem, sejam de ex-dirigentes ressabiados (por terem sido postos à margem de outros processos), sejam dos urubus que secam tudo que os rodeia com a maior das latas (embora possam ser sujeitos a grandes sobressaltos), sejam de incompetentes militantes.

A roda há muito que foi inventada, que é como quem diz: ...para assegurar-se algum êxito organizativo e desportivo, evitando-se erros de palmatória e repetitivos, bastava nalguns casos espreitar o quintal do melhor concorrente..., embora tenha para mim, que quem não compreender totalmente as particularidades da Alma Azul, se é que ela ainda existe, nunca conseguirá meter completamente a "roda nos eixos".

E lá iremos dando razão ao franciscano inglês, William de Ockham, que no século XIV "decretou" um princípio, que serve às mil maravilhas para qualquer básico, militante desempregado, crente ou ateu, "...a explicação para qualquer fenómeno deve assumir apenas as premissas estritamente necessárias à explicação da coisa, e eliminar todas as que não causariam qualquer diferença..". Ou seja, escolha-se a mais simples... e "assunto arrumado"!? ...velhos do restelo, ou triste fado azul, ou fatalismo crónico, ou coloridos azuis, ou....