Atendendo a que de mota ainda não vamos lá, os instruendos habituados à mornice da estrada, espalham-se nas traiçoeiras curvas por tudo e por nada, a prudência aconselha nesta viagem o uso de veículo menos veloz, mas mais equilibrado, o pachorrento "sidcar", estável e fiável nas curvas e contra curvas.
Por amor de baco (porque estamos a festejar os martinhos e as castanhas), não usem desta vez a táctica do *quadrado de três ou a do **quincôncio!
Não sabem qual o esquema táctico? Eu explico :
* Vocês os três... façam um quadrado!” (...Jorge Jesus dirigindo-se aos jogadores...);
**Dispor 5 jogadores (4 em quadrado e o 5º. no meio, que "esconde" a bola...)
Com o primeiro jogamos com 3 quadrados "completos" + "três" quartos do "quadrado"....e com o segundo, 2 quincôncios + 1 keeper...! Adivinhem o desastre, pior que: todos ao molhe e fé em "zeus"...!
Pois bem , como não podemos jogar no trabalhado sistema do grande MOU, aborrecido para alguns mas proveitoso para o próprio e clubes por onde passa, que consiste numa verdade de la Palice ou será Palisse?!:
"...nem sempre pressionar alto é o mais inteligente para abordarmos um jogo, mas sim mentalizar os seus executantes a terem maior posse de bola, cirandando longe da sua área e provocando os desequilíbrios necessários no último terço do campo para surgirem jogadas de perigo e golos...".
Ora como não temos grandes executantes técnicos (infelizmente), e como também a "ansiedade pontual" retira discernimento e faz com que a bola "queime", resta-nos jogar como equipa solidária, espreitando o erro adversário, longe da nossa área e com os olhos na baliza contrária, rematando uma e outra vez, muitas vezes.E por amor da bárbara, porque vêm aí raios e coriscos, devolvam o sidcar sem riscos...
Por falar no Jacques II de Chabanes, conhecido por Jacques de la Palice ou de la Palisse, célebre Marechal francês, lembrem-se que ele conquistou Nápoles em 1945 e Milão em 1500, obrigando ainda Carlos III a levantar o cerco a Marselha em 1523...
Cerco, é o que acontece ao Belenenses desde alguns anos a esta parte, por mar, por ar e por terra, ora Nápoles = Maradona, Milão = Káká, Marselha = Jean Pierre Papin e Éric Cantona...
Inspirem pois neste neste "trio de quatro" e esqueçam o quincôncio ("bernarde tappie") de má memória, depois poderão cantar na viagem de regresso a Lisboa os seguintes versos: "S’il n'était pas mort il ferait envie" (Se ele não estivesse morto, faria inveja), tal como os soldados a La Palice...