25ª. Estação do Calvário (A Santa Clara) Cada Vez Mais Escura....?


Pois é! Nada que desde o início não esperássemos, o calvário do CFB para voltar à Primeira Liga.

Há um ditado português que diz : "...pelo andar da carruagem se vê quem vai lá dentro..." ou ainda outro: "... diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és...".

E agora a "perseguição" do homenzinho de Portalegre, caíu que nem mel na açorda, quando sempre se soube que o rapaz era grande, mas nunca fora grande coisa e contra quase todos, só ao clube do padrinho é que era preciso respeitar e nunca o desiludir.
Portanto a auto vitimização dá para encobrir muito erro próprio e serve às mil maravilhas para os mais crentes paparem o purgante requentado, que embora não "purificando" os estomagos, disfarça por mais uns tempos a septicemia.

Não para quem anda há muitos anos a ver réprises de maus actores e comediantes, por muito dramatismo e enfado que queiram dar aos seus papeis, já não pega. E não é este o Clube de Futebol Os Belenenses que almejamos, e que nos legaram Artur José Pereira e os seus poucos, mas bons, lídimos continuadores.

As dificuldades financeiras encontradas condicionam parte das opções de mercado, mas não explicam nem podem ser a panaceia utilizada para tudo desculpar e suavizar. Porque quer aceitam ou não, desde as primeiras acções tomadas por esta sad, até nos mais pequenos tiques de poder pessoal, facilmente percebemos que ia haver merda outra vez, tal como já havia ocorrido e "camuflada" canhestramente, aquando da célebre Comissão Administrativa, sabiamente arquitectada pelo Dr. Sequeira Nunes.

E as provas dessa impreparação acorrem todos os dias, com ecos perfeitamente caricatos e que nada engrandecem o Belenenses, e não só na área do futebol.

Mesmo sabendo-se que o futebol nunca foi uma ciência exacta ou com garantia segura de vitórias certas para o mais rico, com um orçamento de 1M5 €uros ou 2M€, construía-se uma equipa para a divisão de honra que honrasse pergaminhos e não nos envergonhasse a cada jornada, que até podia não subir de divisão, mas lutaria até ao fim de cada jogo, por muito que as amélias apitadoras bufassem e inclinassem o campo, e, no limite, "morderiam os calcanhares dos primeiros" (construção de frase) do Dr. Sequeira Nunes, proferida na fase da asneira.

Pois vem aí a Santa Clara, equipa com alguns apoios do Governo Regional dos Açores e que joga mais que o Fátima e o Arouca, logo conjunto mais equilibrado e melhor orientado, e, não querendo ser pessimista, se não houver superação e atitude guerreira dos nossos jogadores desde os primeiros instantes, se empatarem ao fim dos "noventa", será mais um "feito" glorioso de quem fica satisfeito com o mísero pontinho da ordem, mas com a visão mais turva e escura.

E se esta situação no nosso Clube continua a arrastar-se há tempo demasiado, acreditem que deve-se infelizmente a termos mais Simpatizantes (os tais coloridos), que fazem mais alarido e vão decidindo que os Adeptos com ADN AZUL PURO.

Em tempos houve em Portugal um tal de José Teixeira da Silva, que poucos saberão à primeira vista identificar, mas que foi um famoso artista e salteador, cuja "aura" foi criada pelas histórias imaginadas pelos que não sendo beneficiados directamente, nem o conhecendo, adoram projectar em figuras mediáticas momentaneamente as suas fantasias heróicas, para disfarçarem cobardias pessoais e recalcamentos diários. São assim uma parte significativa dos actuais sócios do Clube de Futebol Os Belenenses, nada sabem da vida interna do Clube, mas aplaudem e beatificam a fraude e a mentira, porque também parte deles construiram as suas personalidades sobre alicerces aldrabados e pouco edificantes.

Falamos claro do célebre Zé do Telhado, o tal, que supostamente furtava aos ricos para "dar" aos pobres! O que sabemos que não era inteiramente verdade, embora dividisse algumas migalhas...

Pois este Teixeira, se fosse dos Santos, era uma histórica e estranha coincidência, foi preso e condenado ao degredo perpétuo para Angola, vivendo inicialmente em Malanje, seguiu depois para as Lundas, onde comercializava, cera, borracha e marfim, roubando cada vez mais que antes, e descaradamente, e só para si, sabendo de antemão que não seria "apanhado". Falava chócue e quibundo que baste, fumando liamba e bebendo uma mistela de nome, quissângua, na altura chamavam-no o QUIMUEZU (o-das-barbas), morreu aos 57 anos, barbudo e pasmem! Virou santo.

É Verdade, está sepultado na aldeia de Xissa, Comuna de Caculama, terra famosa pelos seus mangais e mangas únicas, havendo autênticas romarias à sua campa, não sendo possível explicar como um ladrão inveterado, acabou santificado, embora o Papa desconheça.

Por este andar, não me admiraria nada que dentro de pouco tempo ocorra fenómeno idêntico no Restelo e alguns santos ladrões já hoje honrados diariamente, sejam chancelados de mártires.

E Zumba na caneca, porque ainda é tempo de Carnaval.