Viva o Pastel de Nata (Com Canela)...

Os júlios que enricam à custa de sacarem as mais valias e matérias primas dos países governados por pobres de espírito, preparam-se para irem perorar a Davos e cagar mais umas quantas postas de pescada sobre o futuro das economias emergentes, tendentes a unificarem as suas estratégias de saque final.

Nós por cá, para além de termos a crise dos putos embasbacados com o leme da governação, tão obedientes para com os capangas do fmi (no que toca a enrabar os mais necessitados), mas parcos em dividirem as misérias pelos amigos e seus ex patrões, foram confrontados com outra "crise" aberta pelas miseráveis reformas atribuídas a Sua Excelência, o Senhor Presidente da República.

Hoje mesmo, população anónima ocorreu a Belém afim de entregar a dízima voluntária, tendo em vista minorar os contratempos do casal presidencial, indício de que o povo, não é elitista, não é sectário, não é liberal, mas sim humanista solidário e nunca se engana.

Entretanto, o Senhor Álvaro Pereira, digníssimo ministro da economia, adepto declarado dos Pastéis de Belém, de que esteve privado vários anos, tantos quantos esteve pelos Canadás, quer que se exporte esta iguaria Made in Portugal para todo o mundo, como forma de equilibrar a balança de pagamentos.

Ora parece que nas décadas de fim de oitenta, inícios de noventa, um sacana dum camone das ilhas britânicas e a sua excélcia esposa (gulosa por tudo o que era doce polvilhado com canela), adiantou-se, levando umas amostras para as suas províncias amareladas, mais concretamente para Hong Kong, onde o rebaptizaram egg tart stow, erradicando-os para toda a China (maioritariamente consumidos sem canela), estimando-se que hoje o negócio ronde +/-500M€ (só a KFC factura cerca de 225M€/ano).

Uma vez que estas "tartes de ovos" já estão enraizadas nos hábitos diários dos nossos Irmãos Asiáticos (não estou a falar de Companheiros Mações), lá se vai a internacionalização da nossa mais doce criação.

Acresce, que a administração dos Pastéis de Belém também não conta para já, internacionalizar o seu afamado "pitéu", embora concorrentes seus enviem regularmente para vários destinos.

Ou seja, como ninguém se lembrou de registar a patente deste doce, em Portugal e na estranja, é um regabofe completo.

Tinhas razão Caro Professor Agostinho da Silva, os Portugueses descobriram todas rotas de todo o mundo, dominaram meio hemisfério, mas depois uns putos apalermados e contentes com uns tostões nos bolsos, deitaram o sextante borda fora e ficaram a ripar-se ao sol de Sagres.