"Foi bonita a tua festa, pá!"

Estou completamente incapaz de fazer uma crónica. Aliás é disso que menos precisamos. O jogo deu na TV e, ao que parece, muitos pastéis comodistas entenderam ter sido o local ideal hoje para estar. Ou na praia, sei lá.

De facto o Acácio Rosa foi um inferno. De calor infernal, de cânticos gritados numa luta desigual (a Fúria e as múmias-que-esperam-golos-para-bater-palmas contra os afinados e mal-educados NN), de vozes gastas no fim do jogo, de mãos doridas e inchadas, vermelhas de tanto baterem uma na outra, de dores nas costas de estar em pé o jogo todo. Litros de água perdidos.

Valeu a pena? Claro que sim! O Belenenses vale sempre a pena. O mais que posso, por mais que o amem mal, pouco, quase de fugida, de raspão, por mais que o traiam que o vendam que se vendam. Estão-se nas tintas, mas eu e mais 1000 maduros (uns menos expansivos mas estiveram lá - essa é que é essa) e não me vou esquecer deste jogo.

Aquela reviravolta infernal num ápice, quando eu já coçava a barba não feita (dá azar!) e via a vida a andar para trás rendeu-me à evidência: temos uma equipa fora-de-série. Tudo o que escrevi e pedi nos últimos dias foi cumprido: foram irreverentes, irresistíveis e foram irredutíveis.

Estou cansado e muito rouco já, mas muito muito orgulhoso (assim como estarão todos aqueles para quem o Belenenses é mais que uma tarde de praia ou um dia no shopping, aqueles para quem o Belenenses é uma paixão e como todas deve ser vivido com a maior intensidade possível.

Photobucket

Agora repito o que me disse um amigo meu, um dos heróis: agora... deixem-me sonhar! Encontramo-nos nesse sonho, amigo.
_________________________________

PS: Ganhámos 4-3, mas isso não interessa nada.