Um estudo internacional sobre a sexualidade masculina mostra que a ideia do predador sexual não passa de uma fantasia. Para os homens é mais importante ter a admiração dos seus pares do que ser belo ou ter êxito entre as mulheres. E as diferenças entre países não são relevantes
Ao contrário do que sustenta a imagem de senso comum, os homens não vivem obcecados com o sucesso sexual. Factores como honra ou respeito são bem mais importantes na definição da sua masculinidade do que o êxito com as mulheres.
Esta é uma das conclusões dos autores de um ambicioso estudo internacional, envolvendo investigadores americanos, ingleses, alemães e canadianos, entre outros, agora divulgado pela publicação científica Journal of Sexual Medicine.
A investigação visou estudar a identidade masculina, no âmbito de um projecto mais vasto que examina as atitudes dos homens em relação ao problema da disfunção eréctil. O trabalho baseou-se em 27 mil entrevistas, realizadas de forma aleatória em oito países (incluindo EUA, Alemanha, Espanha e Brasil), a homens entre 20 e 75 anos.
Ao contrário do estereótipo empírico, a percepção da masculinidade não é tanto definida pela actividade sexual do indivíduo ou o êxito com as mulheres, mas sobretudo pelo respeito dos seus amigos, a harmonia familiar e a ideia de honra. Curiosamente, foram detectadas poucas diferenças entre países e idades.
Este estudo internacional foi realizado no âmbito do chamado projecto MALES (Men's Attitudes to Life Events and Sexuality), que pretende compreender as atitudes dos homens perante a sexualidade. Outra conclusão importante é de que na amostra havia 16% de homens com disfunção eréctil, com variações internacionais, maior valor nos EUA (22%) e menor em Espanha (10%).
Na definição da masculinidade em função do país de origem, o atributo de ser visto como homem de honra era o mais importante em Espanha e no Brasil, tendo menor relevância na Alemanha e Reino Unido, onde o controlo sobre a vida era considerado mais relevante. Mas em todos os países estudados, atributos como vida sexualmente activa, êxito com mulheres, estabilidade financeira eram bem menos valorizados do que o respeito dos amigos.
Este é o primeiro trabalho internacional com tal dimensão sobre o tema e uma das conclusões do estudo pode parecer surpreendente:
Ou seja, para ambos os grupos, a honra e o respeito têm maior importância do que os êxitos da vida sexual. Os autores consideram que este elemento contradiz a ideia de que a disfunção eréctil afecta um elemento central da vida dos doentes e que estes evitam o tratamento por causa da ameaça à sua masculinidade. Os autores também sublinham que o seu estudo teve a limitação de não incluir factores como orientação sexual.
PS1: E eu a julgar que alguns mânfios iam para dirigentes para fugirem aos seus deveres conjugais, tal era o número de reuniões marcadas para as tantas (que normalmente acabavam nas boîtes ou casas das amantes)!
PS2: Até aqueles chulecos que andavam nas associações e quando iam aos congressos das federações (aos sábados), piravam-se da parte da tarde para o gato preto e adjacentes?
PS3: Já não há, pois, machões como antigamente...Espera! Este estudo não foi extensível aos machos latinos nascidos em Portugal! Está explicado a garganta e fama de alguns...
Leia a Política de Comentários e Princípios «Belém Livre»
Contacte-nos por email: belem.livre@gmail.com