Belenenses num Dédalo de Traições Anunciadas ou Sabiamente Conduzidas?!…

Quem analisar “as trilhas sonoras” tocadas ininterruptamente pela “Banda Titanic”, residente há décadas no Restelo e tentando fugir à personalização fácil das diversas questões, certamente concluirá que o nosso Querido Belenenses foi sabiamente arrastado para o actual Dédalo.

É triste, mas é o resultado natural a que conduz a permanente auto demissão dos mais aptos e mais capazes, deixando a Instituição à mercê de vaidades terrenas, das sucessivas alcateias de “lobos famintos” ou sedentos de sangue, de ineptos descaradamente à procura de resolverem questões de sobrevivência pessoal e familiar, que não a do Clube.

E de banquete em banquete desresponsabilizado, a que temos sido ordeira mente conduzidos, chegamos à desorganização organizada vigente, “peta-mãe” no qual desenrascas vão desembocando todas as manhas pessoais e de grupo.

Ou seja, quem chega, não se enquadra na verticalidade do Clube, antes contrói o seu próprio bunker, contrata arautos e tribunos, começando desde logo a comercializar o produto.

Se entretanto no meio da mediocridade aparecer alguém sério que tente meter os farsantes na ordem, orquestram-se logo campanhas de descrédito umas atrás das outras e condene-se o insensato de imediato ao suplício das galés.

O que interessa é caminhar-se para o abismo, a fim de que o jackpot se mantenha intacto até cair no seio do bando.

Já tivemos pequenos oásis no Clube, lembro-me de um erguido pelo Casaca, Homem Bom e Puro (que Deus o tenha e à esposa na sua santa guarda), chamava-se Secção de Ginástica e era um modelo organizacional e financeiro (calculem que até o telefone dava lucro, apesar da sacanagem que a pt lhe fazia de vez em quando, utilizando abusivamente as linhas para os relatos de futebol), graças ao trabalho e empenho pessoal do seu reduzido núcleo de colaboradores.

Ainda temos felizmente outro pequeno lago sagrado, o Museu Ana Linheiro, graças ao amor e devoção desta Mulher de Raça, a quem cumprimento de forma efusiva e grata. Senhora Dona Ana e demais mulheres Belenenses, dispensava-se um final de dia com mancha tão negra.

Ontem em Guimarães assistiu-se a mais um episódio repleto de equívocos pré – enunciados, como muito bem escreveu o Miguel Amaral (que cumprimento com enorme chapelada de aba larga! Shalom MA e respectiva família!), são hinos de amor como os teus que nos movem a não ceder e baixar a guarda (embora cada vez mais cansada).

Que dizer deste recente episódio do “tesourinho deprimente, versão 2008/2009”? Mal estar palpável entre jogadores e equipa técnica, equipa com gás para apenas 15 minutos de fogo – fátuo, intervenientes equivalentes na mediocridade geral a que nos habituaram ultimamente.

Segue-se neste thriller de terror, a recepção “ao leão da” Estrela, conjunto recheado de bravos com ordenados de miséria (não liquidados), homens sub nutridos, mas honrados e com estofo guerreiro.

Aposto dobrado contra singelo em que se nada for feito esta semana para sanar-se “o visível mal estar de balneário”, assistiremos a mais uma agonia, directa ao colapso final.

Com efeito, era preciso não palavras de circunstância, mas medidas Corajosas e Acções Disciplinares e Boa Gestão, sugeridas em qualquer manual de trazer por casa (saída de Guimarães directa para centro longe do Restelo até quase à hora do próximo jogo), e não sujeitar-se o grupo a uma humilhante viajem de carroça, sem direito a jantar condigno, rumo à polícia de choque Resteliana, novo repelente, qual insecto protector, a que recorrem mentecaptos e mentirosos, sempre que sentem o rabinho tef – tef, certamente não com medo que alguém lhes vá “fanar” os 5M€ de bluff eleitoral.

Triste Dédalo e triste sina, sempre que se entrecruzam cacopatas junto às portas dos fundos.