Sem Organização e Filosofia Própria, Continuará a Lenta Agonia...

Dá que pensar o constante desaproveitamento dos sucessivos talentos que vão passando pelo nosso Clube, onde normalmente são ostracisados e depois, sem que tenham gerado quaisquer mais valias, partem pela porta dos fundos, e “milagre”, singram de imediato noutros clubes e noutras latitudes.

Alguns dirão! Não é só no Belenenses que tal acontece! É verdade! Só que connosco, acontece com demasiada frequência, diria mais, é o pão nosso de cada dia. As excepções (que se podem contar pelos dedos de uma só mão), apenas confirmam a triste regra.

Ora isso acontece porque perdemos a Identidade Própria Traçada por Artur Pereira, não sabendo interpretar convenientemente Os Novos Desafios da Modernidade e como casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão, Continuamos Poltrões e Perdemos Definitivamente a Humildade de Inflectir o Caminho Para o Abismo.

Apesar dos sucessivos avisos ocorridos nestes trágico/cómicos últimos anos, onde o sobe e desce deveria ter suscitado o toque a reunir, nada mudou, a verdade é que a maioria das tropas continuam impávidas e serenas, assistindo de cadeirinha ao definhar cada vez mais próximo do 4ª Grande do Passado.

E como se sabe, do passado vivem principalmente os museus! O Clube de Futebol Os Belenenses, deveria ter um pulsar próprio e vivo, com cadência bem vincada e facilmente reconhecível por todos os adversários, a kilómetros de distância. Até para assegurarmos o nosso futuro de forma natural e simples.

À batota anterior, sucede-se nova batota, hipoteca-se o futuro com contratos de dezenas de anos, só faltando mesmo que a Banda Titanic, passe de ocasional a residente.

É que no meio disto não há culpas de ninguém! O ónus é sempre dos que nos antecederam, mesmo que alguns sejam repetentes e tenham o rabinho entalado e mal cheiroso, por muito que se encharquem em perfume francês.

Num tempo onde tudo é mais fácil, num tempo em que o nosso património tornou-se único, por isso mesmo invejado e sucessivamente objecto de tentativas de abocanhamento (dalguns que se dizem Azuis, mas cujo objectivo primeiro é resolverem os respectivos problemas pessoais e profissionais), o que não conseguiria realizar Artur José Pereira, caso o respectivo ADN o ressuscitasse por obra e graça…?

Infelizmente e por muito que me queira enganar, suspeito que por mais algum tempo, ainda vamos continuar a ser o clube “dos enterras”! Ou melhor! O clube do inigualável Júlio Amador.