Faltou um bocadinho…

O título diz tudo, se bem que podia ser também, deserto de ideias, mas com falta de tanta coisa, só podia ser faltou um bocadinho, se não reparem.
Faltou um bocadinho de ambição, faltou um bocadinho de coragem, faltou um bocadinho de futebol, faltou um bocadinho de sorte, faltou um bocadinho de voz de comando, faltou um bocadinho de timoneiro, faltou um bocadinho de finalização, faltou um bocadinho de público, enfim, faltou muita coisa e o bocadinho é irónico, porque em muitos casos faltou um bom bocado de muita coisa.
Continuando, e passando ao jogo propriamente dito, regressos de Nélson e Mano à titularidade, no resto tudo igual.
E continuou tudo igual, ao que vimos no jogo da Taça de Portugal, por momentos pensei que estava em Olhão, não pelos poucos (cada vez menos) adeptos nas nossas bancadas, mas pelo futebol apático, sem ambição a pressão defensiva a ser feita apenas com os olhos, olhei para o Tejo…e percebi, não afinal estou mesmo no Restelo.
Olhanense a controlar e dominar o jogo desde o principio da primeira parte, e nós (equipa), a assistir logo ali na primeira fila, ao como fazer quando se tem a Bola nos pés, e se quer que o tempo corra.
Ao fim de vinte minutos de nada, entrámos numa nova fase, dez minutos de nada… apenas os pontapés na monotonia de Lima, iam dando alguma alma a uma equipa que é o espelho do seu treinador, cautelosa, sem chama, apercebi-me a razão pela qual os treinos têm sido á porta fechada… Se fossem abertos …Ninguém sequer se dava ao trabalho de ir aos jogos, porque certamente se iria aperceber que não ia valer a pena sequer ir no dia dos jogos.
Segunda parte, e após o marasmo da primeira, tivemos direito a uma segunda parte com muitos mais motivos de interesse, mas não muitos… Erros de arbitragem, erros do treinador, erros dos jogadores, este jogo foi definitivamente um erro, um equivoco, em todos os aspectos.
Continuando, JCP estava nitidamente contente com o resultado e exibição da primeira parte, e na segunda começou-se inclusivamente a ouvir vindo da bancada mexe na equipa, pois mas JCP não sabe lidar com a pressão… Pois mexeu e fez asneira… retirou o homem que recuperava bolas, Gavilan, e colocou André Almeida… a entrada do André eu percebo…a saída de Gavilan (mesmo com o amarelo) é que não…continuava em campo Celestino, a seguir tirou Barge, e colocou Felipe Bastos, menos mal, Barge não esteve muito inspirado… mas continuou a tirar poder de choque e de recuperação de jogo do meio campo…e por ultimo lá colocou o Igor, a onze minutos do fim, para o lugar de Fredy mais uma vez troca por troca… daquelas que só resultam no Championship Manager.
Bem eu sei que hoje não terei mostrado muito do que foi o jogo, mas realmente o jogo foi … nada, Lima com duas oportunidades de golo uma em cada parte, Fredy invejoso, no final da primeira parte, e Ivan sem nervo na segunda, podiam ter marcado para o Belenenses, mas não…marcaram, aliás quem ainda marcou foi o Olhanense, que com a ajuda preciosa do auxiliar, nos safámos, da perda do ponto conquistado, e do orgulho de termos conseguido roubar dois ao Olhanense.
Termino, com uma reflexão, é verdade que a equipa é barata, que não temos grandes executantes, mas existem coisas que não precisam de dinheiro, como o querer, a vontade, a coragem, o empenho, o nervo, a atitude…e isso esta equipa não tem.