Azul d´Esperança em Vez de Cinzentos (Mesmo que Pontuais)...


Na minha vida profissional e pessoal tenho tido um pouco de tudo, jovens com mentalidades de velhos, e "velhos" com uma jovialidade irreverente e cativante.

E é deste amálgama de energias que se enfrentam e confrontam todos os dias, que se vai fazendo o futuro de um país, que uns teimam para que seja o mais possível cinzento e outros desejam mais azul.

Os indígenas da arte de ludibriar povos e civilizações, mormente alguns profissionais da política (que não cursaram ciências humanas e políticas) e nunca fizeram nada na vida particularmente, a não ser viver do suor dos impostos colectivos, chamam-lhe choque de gerações.

Curiosamente, alguns destes "velhos" tiveram como base os antigos cursos industrial ou comercial, que os preparou muitíssimo bem para os respectivos inícios profissionais, consubstanciados e sublimados posteriormente com licenciaturas nas mesmas áreas, havendo outros que evoluíram para licenciaturas, mestrados e doutoramentos em áreas mais filosóficas (ciências, comunicação, história, arte, etc.).

Bem, e a verdade é que ficam arrepiados quando confrontado com o cinzentismo e o facilistismo actuais! Não por incompreensão do fenómeno "político-sociológico-actual", mas por teimarem em quererem erradicar o "analfabetismo interesseiro" que por aí grassa, o que convenhamos, não é tarefa fácil, pelo menos nos tempos mais próximos.

Todos sabemos que políticos cinzentões, geram estados de alma negros, com os subsequentes séquitos de glutões cinzentinhos em redor.

Por isso, nada melhor que soltar umas gargalhadas sinceras, encher os pulmões de ar puro, pegar no cavalete e numa tela, subir à montanha mais aprazível e transportar a natureza que os nossos olhos atingirem para uma paleta de cores universais, fazendo no entanto sobressair bem no meio, o Homem Jovial e Amigo do Azul Luso, reconstruído com lágrimas e risos q.b. de : Abeleira, Agustina, Alberto, Alegre, Amália, Augusto, Aleixo, Antero, Aquino, Ary, Bandarra, Barros, BBastos, Bento, Bernardim, Bocage, Bordalo, Botelho, Brandão, Branquinho, Camões, Canotilho, Caraça, Cardoso, Castrin, Castro, Centeno, Cesário, Cezariny, Cláudio, Cortezão, Cunhal, Cutilheiro, Dantas, Damião, D.Dinis, Dionísio, Da Nóbrega, Dórdio, Eça, Fialho, Florbela, Freire, Garret, Gedeão, Gomes, Herberto, Isabel, Knopfli, Lamas, Lídia, Llosa, Lobato, Lourenço, Luandino, Mia, Moita, Moura, Mourão, Namora, Navarro, Nemésio, O´neill, Pacheco, Pascoais, Pêro, Pessoa, Portela, Prado, Raúl, Rego, Romeu, Ruy, Santareno, Saramago, Seabra, Sena, Sofia, Soeiro, Sttau, Támen, Teresa, Torga, Velho, Viegas, Vilaverde, Vilhena, Virgílio, Vitorino, Urbano (e tantos outros que morrerei sem poder ler e compreender), no que seria um Mosaico ou Realejo Único da Lusitanidade.

Mas agora reparo, desta minha janela de Seteais (minha por breves instantes), o céu apresenta-se nublado, num cinzento rosácio, impedindo o astro rei Sol de exibir-se aos olhos dos Portugueses, logo hoje, naquele que seria dia de eclipse parcial e momentaneamente negro.

Talvez seja um indício poético, mas nem por isso menos prometedor, de que, apesar de todas as loucuras dos Eusinhos actuais e passados, a mãe natureza continua generosa para com todos aqueles, como nós Portugueses, que respeitam em regra, o seu semelhante, em qualquer latitude..., logo, o futuro só poderá ser mais azul, apesar de todas as trapalhadas em que nos meteram, sem qualquer responsabilidade objectiva da maioria de todos nós.