"As palavras que nunca te direi"

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O título devia ser "as palavras que nunca lerei (ou ouvirei) de um um presidente do Belenenses". Não é difícil adivinhar de quem é esta carta e a quem se dirige (se não consegue adivinhar, veja o post scriptum a este post). Perdoe-se a heresia, pois não gosto deles nem com molho de tomate.

A verdade é que se pensarmos um bocadinho chegamos ao ponto que já aqui referi algumas vezes: até quem não precisa, faz pela vida. E nós, que tanto precisamos, nada fazemos e ainda alienamos continuadamente e vemos definhar sem um ai de um responsável o nosso maior capital e património - os sócios e adeptos. A triste sina, que por sinal ninguém - sublinho ninguém - parece querer reverter, é a indiferença e o alheamento e a irresponsabilidade nesta matéria patenteada por "direcções" a fio. Não é esta, são todas.

Somos hoje a antítese do que é um Clube desportivo ou mais especificamente de futebol. Estamo-nos reiteradamente nas tintas para os Sócios, para o facto de o seu número estar a diminuir constantemente, nas tintas para os eventos desportivos. Só entramos (entrem vocês) em "ebulição" com um jantar de gala no Casino. Cheira a morte no Restelo. Há muitos anos. E está toda a gente nas tintas para isso. Já se habituaram ao cheiro, não estranham nem refilam. Tirado um ou dois malucos como eu.

Para quem teve oportunidade de ler o "Plano de Fidelização e Recuperação de Sócios - 2008" que aqui publiquei no dia do 90º aniversário (e a que ainda pode aceder solicitando-o por mail para o meu endereço de email) sabe o quero dizer, o que penso e o que proponho.

Compare-se com o que (não) se faz.
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PS: O clube é obviamente o Benfica e a carta, publicada no Jornal «A Bola» de 22 de Outubro de 2009, é assinada pelo seu actual presidente.