Primeiro Discurso do Jantar de Homenagem a Alípio Matos

Abaixo reproduzimos o primeiro de dois discursos lidos no Jantar de Homenagem a Alípio Matos e ao Futsal do Belenenses. Este discurso que agora damos a conhecer é da autoria do nosso estimado e militante consócio Vítor Gomes, o mentor da iniciativa que ontem, agradavelmente, decorreu no Hotel Turim, em Lisboa.
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O motivo porque estamos hoje aqui reunidos, foi atempado e bem explícito : Homenagem a Alípio Matos e ao futsal do Belenenses.

Tenho a maior satisfação por esta iniciativa partir dum comentário meu nos blogs , sugerindo um merecido convívio entre os artistas do lado de dentro e os do lado de fora que somos nós. Estes não se pouparam no apoio aos heróis do lado de dentro que só não foram campeões por razões que transcendem a pureza das coisas.

A verdade é que a sugestão pegou e aqui estamos, poucos mas bons, a homenagear a força que quase nos fez campeões. O motivo porque não o fomos, é uma velha mancha já habitual na pouca dignidade dos responsáveis do desporto no nosso país.

A indignação que nos esmaga, tem origem na forma tosca e irresponsavelmente desabrida como o espectáculo está montado.

Tal como muitas vezes foi afirmado, o objectivo campeão estava traçado com prévio destinatário. A este no entanto , foi-lhe duro de roer a última côdea, talvez porque em meu entender, pela primeira vez nesta fase final, tivemos uma arbitragem equilibrada .

Todo o programa venenoso foi desenrolado nos primeiros jogos. Era impensável para os donos da modalidade que o campeão fosse outro que não o previamente eleito, nem que para isso fossem utilizadas todas as artimanhas tipo CIA inteligentemente programadas.

Mestre Alípio, a sua cirúrgica e estratégica expulsão, nunca aconteceria em sentido contrário. Sem si no comando, cara a cara face aos nossos jogadores, ( sem desmérito para quem arcou com essa responsabilidade ) perdemos um jogo no domingo que em circunstâncias normais , seria para depenar as galinhas.

Tenho pena de não estarem aqui hoje, todos os jogadores a quem nos habituámos àquele abraço no final do jogo. As razões dessas ausências são mais que óbvias e todos estão perdoados.

Esta reunião/ convívio de, arrisco cerca de 10% de entusiastas em número médio no nosso Pavilhão, tem um valor simbólico negativo pouco salutar para o amor próprio da família Belenenses. O cartaz oficioso do evento , publicitado no blog Belém Livre em 2 deste Julho e mais tarde repetido foi muito claro : Jantar de homenagem a Alípio Matos e ao futsal do Belenenses.

Mestre Alípio, não acreditamos nem queremos que vá abandonar o futsal, como já sugeriu. Nem deixe o Belenenses, onde os artistas o estimam como um pai e nós, retaguarda barulhenta, o consideramos um irmão.

Obrigado a si porque nos deu mais orgulho e auto-estima, obrigado a toda a equipa técnica e jogadores, obrigado à direcção da secção que sabemos fazer milagres e, porque não, obrigado aos que aplaudem e vibram sempre que o nosso querido Belenenses joga no Restelo ou nos espaços adversos.

Termino com um apelo a 3 vivas. Viva o futsal do Belenenses, Viva Alípio Matos, Viva o BELENENSES.